O amor em si .

 Se soprarem uma brisa levinha de amor, que possa entrar pela janela, e fazer-se fixo em meu quarto; e assim, fazer morada em meu coração e alimento diário para minha alma.

Mistérios




Segredos guardados na memória da vida, lábios que me entregam com aparente exatidão em letras de musica que me encantam. E quando o sol toca o mar, meus olhos negam qualquer tentativa de definir o que vive pra amortecer distante de qualquer sentido. Com a vida eu aprendo, eu sempre aprendo. Ainda que me aflija dizer que nada sei, eu me realizo. Sempre abrindo os braços para o presente, o agora. O passado me reprova, me rotula e o futuro, esse não cabe no meu abraço. Eu saberia dizer o que sinto se o que me sonda não fosse tão sedutor a ponto de não lhe caber uma elucidação exata, como se uma tênue linha bordada à razão me deixasse ao lado das respostas que pouco busco. No fundo, bem fundo eu sei. Sei quando respiro o que vivo sem dúvidas de que tudo, exatamente tudo o que amo, eu amo de mãos dadas com a alma que vive entre o mistério mais antigo que guardei e o meu desejo exacerbado de estar sempre bem comigo mesma. Talvez eu não seja nada nem alguém capaz de coisa alguma, mas eu ainda consigo buscar o que me trará a plena certeza de que na vida não cabe explicações, só emoções. E quando o teu querer em desconhecer for maior que o teu estar em eterna busca do que sou, com regozijo eu lhe digo que sou o inverso de todas as evidências que leva nas mãos. Sou segundos de certezas, banhados com ondas de mistérios levados por sentimentos que a própria vida desconhece.


Para o desejo do meu coração 
o mar é uma gota!